segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Morte da Sra. Gentileza

"O velório simbólico, foi um ato público de resistência e reflexão ante a falta de poesia e delicadeza no dia a dia da cidade de Fortaleza: o trânsito, a pressa, a omissão, a impunidade, o medo e a violência acabem sendo desculpas para que nos isolemos em nossas ilhas móveis protegidas por vidros cada vez mais escuros e percamos a troca de olhares, o contato, o encontro… como se pudéssemos.

Estive no Passeio Público e me emocionei com este evento-intervenção–urbana, que atraiu várias figuras interessantes do centro e teve várias manifestações de apoio não só pelos artistas e afins que participaram, mas das pessoas em geral que se depararam com um cortejo fúnebre com direito a caixão e vela desfilando desde o Passeio Público, pelas ruas do centro, pela Catedral, em meio aos bares do Dragão do Mar, Praia de Iracema, até o aterro de Iracema onde foi realizada a queima do caixão e a despedida dele ao mar. No caminho alguns perguntavam ao cortejo:  Quem foi que morreu?, e os do cortejo respondiam: – A Gentileza! 

Alguns riram, outros se agregaram, uns se assustaram e outros permaneceram inacessíveis à Senhora Gentileza que se despedia!

texto de Ed, retirado do blog Neo Iluminismo (em 23 de maio de 2009, sobre ação ocorrida no dia 28 de março do mesmo ano)










segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CicloCor

Primeiro foi em Fortaleza dentro do Projeto Temporada (que por sua vez estava dentro da programação do Salão de Abril) em 2009, junto com o artista e camarada Narcélio Grud. Depois foi em Recife dentro da programação do SPA das Artes, também com o Grud, em 2010. Depois, de volta a Fortaleza, dentro do Salão de Abril em 2011, agora com o apoio do grupo Baião Ilustrado. 
Pedalar pelas ruas com pincéis colocados ao lado da roda traseira da bicicleta, voltados para o chão. As transgressões mais delicadas são realmente gostosas de se cometer, e podem resultar em ações tão bonitas quanto divertidas. 






domingo, 7 de agosto de 2011

O Grupo Acidum é um grupo que agrega em si várias linguagens, com ações que vão de oficinas à “grafitagens coletivas”, passando por exposições em museus e galerias, virais na internet e agora a publicação de um livro, que na verdade é um histórico onírico-caótico dos seus cinco anos de existência.
A reativação do blog tem a ver com as ações comemorativas, e trará não só um histórico informal e (sempre) cáustico do grupo, mas também links para coisas que compõem seu universo, mostrando não só suas influências, mas também suas parcerias.








O Grupo Acidum já apresentou seu trabalho/cometeu suas ações em diversos lugares dentro de Fortaleza, Cariri, Rio de Janeiro, São Paulo. "Cinco anos é um bom tempo, e pode-se criar laços que durarão para sempre", diz.





Amigos reunidos em busca incessante por aventura – nunca sem beleza, nunca sem dedicação. Decerto importa que seja divertido. Um pouso constante é a região do Cariri, no sul do Ceará. Com parceiros grandiosos, entre mestres e aprendizes, o grupo se deleita em explosões multicoloridas pelas ruas das cidades. 





Valentino Kmentt & Max Leguiza são uma dupla de artistas audiovisuais que trabalha com "instalações físicas e sensoriais utilizando a técnica de vídeo mapeamento arquitetônico". Com um (muito bom) uso de softwares, vão pintando as paredes, criando paisagens, gerando alucinações para fora de suas cabeças, transformando-as em algo real.

Aqui uma breve apresentação desse trabalho:






Astronauta Marinho, alcunha de Felipe Lima Couto, músico multi-instrumentista e “produtor musical de quarto” residente em Fortaleza - e adjetivado pelo próprio. 
Sua mistura delicada de música eletrônica, rock e música brega é sempre boa de ouvir, e cria um som que fica entre a dança e a melancolia, reforçada por seus versos curtos (quando esses existem).